16 agosto, 2010

DREAMS

(...) Não me pergunte o porque de outra vez eu estar escrevendo sobre você, ou escrevendo na esperança de que você leia estes meus versos e enfim descubra que por trás desse meu sorriso ensaiado, não existe mais brilho em meu olhar...
Ontem a noite eu brinquei de me divertir, me afogando em bebidas que não sabia ao menos o nome, fingindo conhecer o balanço de músicas que detesto, e lá no fundo do meu desespero você apareceu. Tão real, tão bem, tão... tão feliz!
Meu coração não acelerou como de costume, nem minhas mãos ficaram trêmulas, eu tenho certeza. E então o desespero tomou conta novamente, afinal teria eu deixado de te amar?
Pergunta besta e sem sentido, mesmo antes de cogitar esta hipótese eu já sabia a resposta... sempre saberia... Como poderia um dia deixar de te amar, se não consigo ao menos esquecer o gosto do seu beijo? Não esqueço esse teu sorriso, muito menos o teu cheiro, não consigo te esquecer mesmo quando juro não lembrar mais...
A única diferença que agora impede meu coração de acelerar, e que enfim aceitei a verdade... Você não vai voltar, meus lábios nunca mais vão sentir os teus, nunca mais vou te encontrar em alguma esquina distante, simples assim, você nunca mais vai me pertencer por uma noite e algumas horas...
E assim eu sigo... te amando secretamente, fingindo que esse amor faz parte do meu passado, mentindo que não existe mais saudade ou desejo, quando na verdade os dois me consomem dia após dia...
É olhando suas fotos que escondo em algum lugar no meu celular, que o sono chega me trazendo você de presente em meus sonhos... Sonhos, é a única certeza que eu tenho, porque eu sei que você irá voltar, noite após noite, alegrando esse meu coração já sem sentido (...)



Lídia Pauletti

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